domingo, 25 de maio de 2014

SAUDADE DE UMA MÃE ÓRFÃ


Saudade de uma mãe órfã, não deveria chamar-se saudade.
Saudade é apenas saudade...
Saudade da mãe órfã é muito mais do que saudade...
Os homens que criaram as palavras , não geraram, acalentaram e entregaram um filho à Deus.
Não souberam encontrar uma palavra que descrevesse a saudade de uma mãe órfã.
Essa, não se chama saudade...eu sei!
Pois já senti outras saudades. Daquela saudade descrita no dicionário.
Não...não é igual. Sequer se assemelha...
Também não é um stress físico, porque nenhuma rede num bosque pode acalentá-la.
Nem mesmo um cruzeiro nas ilhas paradisíacas do mundo a fora...
Com certeza também não é um stress emocional, porque não é passageiro.
Trata-se de um stress crônico, e que se estenda até o reencontro.
Saudade de mãe órfã não se limita a ausência física.
Ainda que essa ausência machuque.
Ela vai mais longe. Muito mais...
Não bastaria o toque para supri-la .
Ela se estenderia ate que o toque fosse pleno e perpétuo.
Ainda que um só toque fosse motivo de êxtase.
Saudade de mãe órfã deveria ter nome de um transtorno emocional.
Um transtorno único, singular...
Um transtorno tratado dolorosamente pelo tempo, e só o tempo.
Por outro lado, o tempo trata, mas provoca sérios e irreversíveis efeitos colaterais.
Como todo remédio. O tempo abre cada vez mais a ferida.
A ferida da saudade, que se renova dia a dia...
E essa ferida nunca cicatriza...
E Inflama a cada Natal,
A cada aniversário,
A cada Dia das Mães...
(autoria desconhecida)