sábado, 26 de outubro de 2013

" Nem sempre falar quer dizer que estou triste "

    As vezes as pessoas confundem saudades com tristeza, se falo do meu filho nem sempre é por que estou triste, sinto saudades de tudo que vivi, foi um momento mágico em minha vida que jamais vou apagar, esses dias fui na casa da minha afilhada Fernanda pegar as coisas do meu pequeno, a 1 ano e 7 meses evitava esse momento , mais enfrentei , mesmo por que não dava mais pra ficar adiando esse momento, mais achei que fosse mais difícil  mais Deus me deu força e conseguir trazer tudo aqui pra casa , algumas coisas pretendia doar, mais em  meu coração ainda não senti essa vontade, tudo que eu poderia doar já doei mais agora meu coração quer deixar tudo aqui , quem sabe no seu devido tempo eu comece a desfazer das outras coisas, ainda estou com carrinho e muitas roupinhas, vou esperar mais um pouco até meu coração de mãe decidir o que quer fazer,  não é egoísmo nem sei explicar o por que ainda estou apegada a todo enxoval quando converso com mães de anjos assim como eu grandes parte delas falam que não conseguem desfazer do enxoval tão rápido, ai vc se pergunta mais já se passaram 2 anos ? mais pra mim é como se fosse hoje , mais  como tudo tem seu tempo vou esperar o tempo certo ....
 Segue algumas coisas que ainda tenho guardada ....



   

  Lembra-te sempre que a vida é feita de momentos. momentos esse que jamais esquecerei, talvez o passado tenha me  deixado saudades e talvez o futuro me  traga tantas incertezas.... mas tenha certeza de que tudo tem o seu tempo. Se as alegrias vieram, elas também se vão.... assim como as tristezas. Por isso, se agora parece o fim, amanhã será o recomeço...
te amo eternamente ....

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O que é ser quase mãe? Como é ter um filho e perdê-lo?

  Havia chegado o dia tão esperado, depressa tive que ir pro hospital quando cheguei lá me falaram que meu bb entrou em óbito fetal,naquele momento, eu deixei de existir. A minha vida não tinha mais razão,eu mãe mais não poderia ter aquele bb tão esperado em meu braços, as mães são as que protegem no ventre. Eu nem disso tinha sido capaz.Toda pessoas falam que não existe lugar melhor pra o bb que a barriga da mãe. E a minha barriga, afinal, foi um perigo, eu grávida de 39 semanas quase 40 com pressão alta e nada pude fazer pelo meu filho me senti incapaz inútil, tinha a filho morto dentro de mim, sai feliz pois achava que voltaria com meu filho em meus braços, foi mais já estava em óbito fetal,foi ai que começou meu pesadelo dentro daquele hospital como uma personagem de novela ,andava para a esquerda  para a direita, para a frente e para trás, como se nada daquilo fosse real, mais era real eu e meu marido fomos  encaminhados para um quarto, onde ficamos com outras mulheres em trabalho de parto,e olhando um para outro sem entender o por que que aquilo havia acontecido sendo que as resposta estavam claras mais não queríamos acreditar no que estava acontecendo, então começou as tantas tentativas para o parto, mais meu útero pra piorar não dilatava isso significava que meu sofrimento só iria aumentar,em lágrimas. Era preciso induzir o parto e puseram eu no soro mais nada adiantava além da dor física  existia a dor da alma.Nesse dia longo, tão longo, nós escutavam as outras mulheres chegando e tendo seus filhos em seus braços. Vimos muitas criança nascerem.E nós ali onde tantas vezes se tinham imaginado, ter nosso filho,mais ele estava  sem vida. 
  Eu e meu marido não entendia o por que não fariam uma cesariana o porquê daquele sofrimento desnecessário,o médico explicou então que a cesariana iria limitá-los em termos de tempo que logo eu iria querer engravidar e  uma cesariana teria que esperar  um pouco mais, naquele momento não estava pensando no tempo que eu teria que esperar ou em minha recuperação,se fosse parto normal em breve poderia está gravida novamente,ao mesmo tempo que as contrações iam apertando, eu ficava ali pensando o problemas que me seguiriam, o meu piscologico como ficaria após a perda, nossa como sofri, pensava no enterro,avisar as pessoas,então começaram a mim dar remédios pra dormir porque comecei a gritar afinal teriam que me dar uma explicação,não sei se pra eles aquele bb já estava já estava morto mesmo não priorizaram minha vida não ,eles teriam que dar prioridade pra mães que chegavam com seus filhos vivos dentro do seu ventre, e eu ali sofrendo, quando foi por volta de 13:30 da tarde me levaram pra sala de cirurgia ai fizeram a cesárea mais depois de sofrer aquele tempo todo a enfermeira veio e perguntou Vanessa quer ver seu filho ? Ai veio a parte pior tive que olhar pro meu bb tão calmo um anjinho lindo que não teve a chance de lutar pela sua vida aqui fora, nasceu grande, cabelos pretinhos igual ao do pai,minha tristeza não teve fim, quando vi meu filho,mãe jamais poderia ver seu filho morto não interessa a idade ou tempo que passaram juntos,poderia ser  proibido como doeu ver meu filho daquele jeito e não poder fazer nada, e ainda tive que escutar do medico que aquelas contrações logo iriam passar porque meu filho nasceria. 
  Falta o enterro e vamos começar a vida outra vez, queria estar bem,em condições para quando as pessoas começassem a chegar. Eu não queria fugir. Se fugisse de enfrentar a dor ia ser muito mais difícil. Mais valia ter todos os embates de uma vez. Eu sabia que iria ter conversas perguntas,os vizinhos,iriam perguntar...eu  sabia.E não queria me esconder. As perguntas e as conversas haviam de surgir inevitavelmente. Mais valia encará-las desde o primeiro dia. Foi o que fiz.
 O tempo foi passando e com ele a dor amenizou. Mas nunca deixei de falar do meu filho. Falo muito dele sempre e aí começa a censura."Tens de começar a deixar esse assunto",diz algumas pessoas uns "Esquece! tem outro filho"exclamam outras."Já está na hora de ter outro". Como se um filho esquecesse assim da noite pro dia, ou ainda:"vc é nova,ainda vai ter bastante filhos"! Ou pior:"vc nem chegou a conviver com ele,olha pior era se ele morresse mais tarde"!
 Subitamente, a incompreensão.Como é que poderia eu esquecer meu filho que sonhei desde menina em tê-lo?Como eu poderia imaginar um que novo bebê substituiria o anterior ? Como era possível que pensassem que o fato de não a ter tido ele no colo diminuía a minha dor? Foi então que percebi que a dor que rodeia a perda gestacional é uma dor feita de silêncio. Mais falar do meu filho seria contra tudo e contra todos. Porque falar dele seria uma promessa que jamais iria esquecer.Porque falar nele relembrava melhorava o meu sofrimento. 
  Muitas vezes o meu sofrimento foi calado e é até os dias de hoje, algumas pessoas não entendia o porque eu evitava uma grávida,quando não queria ficar perto de uma mulher gravida não era porque desejava aquela gravidez não,e sim porque ver uma mulher gravida era como se meu sofrimento voltasse em momentos,o por que eu fugia de um bb, lembro até hoje tinha 5 meses que havia perdido meu Arthur,ainda não estava recuperada totalmente, uma pessoa me deu um bb pra segurar sabendo de todo meu sofrimento e ainda me falou que aquela criança que eu segurava no colo havia nascido de 6 meses e meio e tinha sobrevivido,no momento me veio todas as questões possíveis pois me questionei o porque meu filho se estava tudo tão perfeito pelo menos eu achava,como evitava passa perto de uma mãe com o seu filho, mais tive que olhar para aquela criança,respirei fundo meus olhos encheram de lágrimas mais superei afinal teria que superar, evitei varias vezes olhar pro meu sobrinho pois tinha nascido na mesma data que meu bb, ninguém precisa entender o meu sofrimento mais ser humano um pouco, se colocar no lugar da outra pessoa é o mínimo que as pessoas poderiam fazer, hoje olhando para trás vejo que Deus me deu forças pra passar por tantas coisas que aqui não posso relatar, mais uma coisa tenho certeza: Perda gestacional é uma dor feita de silêncio isso é fato chega um tempo que vc não tem mais com quem falar....


Meu filho meu grande e eterno amor .....

domingo, 13 de outubro de 2013

" Saudades sim tristezas não "

  • Hoje  apenas tenho saudades de tudo que vivi .

Não sinto mais aquela tristeza que pesava minha vida , aquelas lembranças que entristecia meu coração , meu filho amado será insubstituível ele foi e sempre será meu primeiro filho , e jamais esquecerei dele ...
Nesses dois anos que tive todos sentimentos que uma mulher que perde um filho pode ter , chorei sorrir muitas vezes pensei que se eu morreria ficaria com meu bb em outras vezes pensei que sentindo assim ele estaria triste por me ver triste , mais pedi forças a Deus pra continuar e ele tem me dado,  só em Deus encontrei a  forças pra continuar , ele me trouxe a esperança de volta e a vontade de viver , por que  Deus me  conheci  melhor que ninguém ,  meu sofrimento ,  as  noites que fiquei chorando sozinha em meu travesseiro, meu terceiro companheiro , por que o primeiro Deus o segundo meu marido , tive pessoas que estavam sempre ao meu lado , isso não posso esquecer muitos foram anjos enviados por Deus ....Mais agora sinto que o tempo do choro passou , Pensar em um segundo filho lutar pra que aconteça uma gravidez saudável  e tranquila , agora esperar ,  pois 2014  já está ai batendo a porta e novas expectativas vão vim , tudo que tenho vivido tenho certeza que foi Deus me ensinado uma grande lição de vida ,  mesmo que tenha sido dura  , um dia terei uma historia pra contar , te amo  filho eternamente ...


Um amor que não se define em palavras, por que tenho  a certeza que será pra sempre .....







 

Esse louvor sempre ficou em meu coração nos momentos em que minha esperança havia acabado ....

Há esperança

Diante do Trono


 Há esperança para o ferido
Como árvore cortado, marcado pela dor
Ainda que na terra envelheça a raiz
E no chão, abandonado, o seu tronco morrer
Há esperança pra você
Ao cheiro das águas brotará
Como planta nova florescerá
Seus ramos se renovarão
Não cessarão os seus frutos
E viverá